Brigadiana ciumenta

O telefone tocou, 2h da manha, uma cliente, e estava com muita pressa.
Cheguei no endereço, já sabendo que se tratava de uma brigadiana, que frequentemente fazia corrida comigo, ela e uma colega de trabalho entram no taxi, mas não estavam fardadas, antes vestidas para uma festa, pediram para que rapidamente eu foce a um endereço próximo dali, chegando lá as duas desceram e pediram para que eu as aguardasse, e atravessando a rua, procuravam ver entre as frestas do portão, deu para ouvir quando uma delas disse:
- Viu, o carro não ta eu disse que eles tinham saído!
Logo entendi que se tratava do namorado dela.
Voltaram para o carro e me pediram para ir o mais rápido possível para o bar alternativo, que é uma danceteria que funciona quase todas as noites.
Na metade do caminho uma delas, a namorada do sumido, me perguntou onde mais poderia ter uma festa naquela noite?
- Noite de terça feira, tem pouca coisa em Novo Hamburgo...
Eu respondi, e logo avistei alguns carros estacionados em frente a uma casa de shows, e de zoação disse:
- Aqui tem festa hoje...
Quando terminei de falar, elas olharam para fora do carro e avistam o carro que tinham procurado no outro endereço. Foi aquela loucura, um tal de para, não para, encosta, segue, vai, espera, volta, retorna...
Fui mais a frente fiz a volta, e andando bem devagar fui passando novamente em frente da boate, passei pela entrada principal, e logo a frente encostei.
A passageira então pediu para que eu entrasse na boate a procura do seu namorado...
- Não me leva a mal, mas meu serviço é dirigir, não vou entrar ai não...
Disse para ela sorrindo.
Então disse ela a amiga e colega...
- Vamos nós lá...
A qual se recusou...
- Se quer entrar lá entre tu sozinha, eu não vou.
A outra insistiu um pouco, mas pelo jeito conhecia bem sua colega, sabia que seria perda de tempo insistir, inconformada com a situação, começou a me fazer perguntas sobre aquele lugar...
- tem mulheres ali?
- O que eles fazem ali?
- Tem quartos para programa?...
Enquanto, sem poder responder as perguntas dela com precisão, e tentando acalma lá, saiu de lá dois rapazes, um deles era o namorado dela. Ai pensei comigo mesmo:
- Agora sim, vai rolar o maior barraco ai.
Mas me enganei, os moços entraram no carro, saíram, e foi quando eu ouvi novamente aquela frase conhecida dos taxistas...
- Siga aquele carro!
Fiquei a uma distancia segura é claro, mas segui, entraram na garagem da casa que tínhamos estado antes, ficamos próximo da casa mais uns 40 minutos, pois ela pensou que eles só trocariam de roupas e sairiam outra vez, coisa que não aconteceu, terminei deixando as duas no mesmo lugar que as pegara; Alguns dias depois fiz uma corrida para a colega e fiquei sabendo que o namorado nem soubera o que aconteceu naquela noite.

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